Pra ti:
Tenho de escrever
vou me corrigir
estive às flores demais
mar e sais, ai!
mas digo redimido
amigo, meu linho nobre
é minha pele, o violão
tu tens o dom
o dia, a duna, então
vai com a lança
e com uma flor
da coisa cuida o mundo
ai quem me dera ser vizir...
vai pro ceará que deus dará
que zeus dará o que há de vir.
Pra mim:
Vai com tudo
que eu tô mudo
quieto, sabe como é
só na cachaça
e noutro corpo...
Há tempo, é maresia
balanço tanto que já tô tonto
sou tanto mar, sou calmaria
sou turbulento, sou onda vadia
o verdadeiro desencontro
Vou te dizer: a coisa fria
esquenta dentro da gente como espanto
e é tão terna e funda e arredia...
nem cá nem lá, no canto
E digo mais, acima a consciência
que a moça põe tudo no papel,
amor, norma, pertinência...
mas sou eterno, sou aquele tropical
que se retrai, mas nunca deixa o sal
e que tem muita, muita paciência...
Luis Gustavo Cardoso
sábado, 15 de setembro de 2007
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