terça-feira, 4 de setembro de 2007

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Assim será, amigo meu!
quantas essências provadas, quantas podas mal dadas
e quem enraiza és tu!
somos nós, peço desculpas, verdade é...
eu me grudo no afro-axé
e tu nos alicates de defloreio
levo sim o violãozinho pois tu mesmo me acordaste
e "eu acordei" vontade imensa de tocar os trastes
o embornal irá também
levo ração, canção, vintém
no medo de não me alimentar
cairá mal o siri talvez?
de resto, enquanto paparicos à nívea minha
vendo teu mar de perto...
sei que estarás lá
pelas águas encoberto
já o soluço
engole a seco
caso custe a descer
jogue um bom bocado de sal
talvez tempere o amaro.
Bom saber-te feliz.
ah, fica com o terno
uso mais não,
de fato, nem de linho é
e veste-me tal qual caixão.

René Moraes

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